A Experian PLC(EXPN), a maior provedora de dados e análises de crédito do mundo, apresentou outro ano estável de expansão no exercício de 2025, embora o ritmo de crescimento esteja começando a mostrar o peso do aumento dos custos. Para os 12 meses encerrados em 31 de março de 2025, a receita subiu 6% para US$ 7,52 bilhões, refletindo a demanda contínua em seus serviços de dados B2B e plataformas de monitoramento de crédito ao consumidor.
No entanto, o lucro líquido caiu 2,8%, para US$ 1,17 bilhão, e o lucro por ação caiu 2%, para US$ 1,28, perdendo as previsões dos analistas em cerca de 9%. A margem de lucro da empresa também diminuiu para 16%, ante 17% no ano anterior, sinalizando que, embora o crescimento da Experian permaneça intacto, a lucratividade está sob leve pressão.
O CEO Brian Cassin descreveu o ano como um ano de "forte progresso", destacando o crescimento de dois dígitos na América Latina e ganhos de um dígito médio no Reino Unido, EMEA e América do Norte. O EBIT de referência da empresa cresceu 8%, chegando a US$ 1,94 bilhão, enquanto o EPS de referência aumentou 7%, chegando a US$ 145,5, mostrando resiliência nas operações principais, apesar das despesas com salários e tecnologia impulsionadas pela inflação.
A liderança da Experian atribuiu a compressão das margens à aceleração dos investimentos em inteligência artificial, migração para a nuvem e infraestrutura de dados, medidas destinadas a garantir a escalabilidade futura e não os ganhos de curto prazo.
Apesar do resultado final mais fraco, o posicionamento estratégico da Experian continua invejável. A empresa agora atende a mais de 180 milhões de consumidores ativos em todo o mundo por meio de suas plataformas de crédito e saúde financeira e continua a expandir seus serviços de análise de negócios para clientes corporativos. Seu crescimento consistente nos mercados desenvolvidos e emergentes proporciona estabilidade em meio a condições irregulares de crédito ao consumidor. Os investidores parecem reconhecer esse equilíbrio, com as ações subindo modestamente no acumulado do ano, mas o sentimento esfriou à medida que a administração se orienta para mais um ano de investimentos antes que a alavancagem operacional melhore.
História financeira: Um ano de reinicialização com lampejos de recuperação
A história financeira da Experian no AF25 também é de consistência em meio ao reinvestimento. O crescimento da receita atendeu às expectativas, aumentando 6% ano a ano, com o crescimento orgânico atingindo 7% a taxas de câmbio constantes. Esse impulso foi impulsionado pelo desempenho estável em análises B2B e pela força renovada em Serviços ao Consumidor, particularmente no Brasil e na América do Norte.
No entanto, os lucros não conseguiram acompanhar o ritmo da receita, pois os custos operacionais aumentaram mais rapidamente do que a inflação, reduzindo as margens e fazendo com que o EPS ficasse abaixo das estimativas. Para a gerência, essa troca reflete uma estratégia deliberada: gastar mais agora para posicionar a empresa para maior eficiência e liderança em dados nos próximos anos.
| Métrica | ANO FISCAL DE 2025 | AF2024 | Variação anual | Comentário |
|---|---|---|---|---|
| Receita | $7.52B | $7.10B | ▲ 6% | Crescimento regional de base ampla, mais forte na América Latina |
| Lucro operacional | $1.70B | $1.69B | ▲ 1% | Margem estável, pois as despesas compensam os ganhos de receita |
| Lucro antes dos impostos | $1.55B | $1.55B | - | Mantido estável em meio a investimentos em tecnologia e IA |
| Lucro líquido | $1.17B | $1.20B | ▼ 3% | Ligeira queda devido ao aumento dos custos operacionais e de juros |
| LPA básico | $1.28 | $1.31 | ▼ 2% | 9% abaixo do consenso devido ao crescimento das despesas |
| EBIT de referência | $1.94B | $1.79B | ▲ 8% | Sólido impulso do EBIT orgânico |
| Margem EBIT de referência | 27.6% | 27.5% | ▲ 10 bps | As margens se mantiveram firmes apesar dos gastos mais elevados |
| Crescimento orgânico da receita | 7% | 6% | ▲ 1 ponto | Próximo ao limite superior da faixa de orientação |
| Dividendos (ano inteiro) | 58.5¢ | 54.5¢ | ▲ 7% | Crescimento consistente do retorno de capital |
Uma análise mais detalhada das tendências regionais e por segmento mostra que a diversificação da Experian continua a pagar dividendos. A América Latina liderou o caminho com 13% de crescimento orgânico, seguida por EMEA e Ásia-Pacífico com 7% e América do Norte com 5%. A receita de Serviços ao Consumidor cresceu 7%, apoiada pelo maior engajamento por meio das plataformas Experian Boost e Smart Money.
No segmento B2B, a prevenção de fraudes, a verificação de identidade e as ferramentas de decisão de crédito tiveram uma adoção saudável, enquanto a Plataforma Ascend e os produtos nativos da nuvem contribuíram para os ganhos de produtividade. Esse desempenho estável em vários segmentos ajudou a compensar as condições mais fracas do crédito ao consumidor em mercados maduros, como os EUA e o Reino Unido.
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Ainda assim, a mensagem da gerência foi clara: o AF25 foi mais uma etapa em um ciclo de investimento mais longo. A Experian vem acelerando sua transição para a nuvem, com o objetivo de ter 85-90% da capacidade de processamento não relacionado à saúde na América do Norte e no Brasil baseada na nuvem até o AF27. Esse impulso de modernização, juntamente com a expansão dos recursos de IA, levou as despesas de capital a cerca de 9% da receita.
Embora isso tenha restringido temporariamente o crescimento do EPS, também estabelece as bases para futuras economias de custo e escalabilidade. Com um fluxo de caixa operacional de US$ 1,9 bilhão, a Experian pode se dar ao luxo de investir agressivamente sem comprometer o retorno aos acionistas.
1. Momento B2B e transição para a nuvem
O negócio B2B da Experian continua a ancorar seu motor de crescimento. A receita de clientes empresariais cresceu cerca de 5% organicamente, refletindo tanto a conquista de novos clientes quanto integrações mais profundas de soluções analíticas e de prevenção de fraudes. O impulso da empresa para a entrega de dados assistidos por IA, especialmente por meio de sua plataforma GenAI, está remodelando seu modelo empresarial, aumentando a automação e a velocidade para serviços financeiros, telecomunicações e clientes do setor público. A gerência espera que os benefícios de produtividade se acelerem à medida que sua migração para a nuvem se aproxima da conclusão nos principais mercados.
A desvantagem é que os custos de execução dupla persistirão até o AF26, à medida que os sistemas legados forem sendo desativados. No entanto, a Experian continua confiante de que esse obstáculo de curto prazo produzirá uma alavancagem de longo prazo, uma vez que as operações façam a transição completa para a nuvem. Olhando para o futuro, a administração orientou um crescimento orgânico da receita de 6-8% no FY26 e uma modesta expansão da margem de 30-50 pontos-base, com a expectativa de que as eficiências da nuvem comecem a aparecer na segunda metade do ano.
2. Serviços ao Consumidor e Expansão Regional
A divisão de Serviços ao Consumidor da Experian continua a demonstrar forte engajamento, adicionando milhões de novos usuários na América do Norte, Reino Unido e América Latina. Produtos como Experian Boost, Smart Money e suas ferramentas integradas de saúde financeira têm sido fundamentais para a expansão do número de membros, que agora ultrapassa 200 milhões de usuários em todo o mundo. A América Latina mais uma vez liderou o grupo com crescimento de receita de dois dígitos, enquanto os produtos de monitoramento de crédito ao consumidor e mercado financeiro dos EUA registraram ganhos de um dígito médio.
Essa escala global permitiu que a Experian se mantivesse resiliente, mesmo com a redução da demanda por crédito em partes da Europa. A diversificação entre mercados maduros e emergentes, juntamente com um ecossistema crescente de integrações de parceiros, continua a proporcionar estabilidade. A administração destacou o sucesso contínuo dos programas de adoção de crédito no Brasil, um ponto positivo que ajudou a compensar o desempenho mais lento no segmento de consumidores do Reino Unido. Com seus produtos de saúde financeira baseados em dados ganhando força em todo o mundo, a Experian continua sendo uma das poucas empresas de financiamento ao consumidor a combinar com sucesso a utilidade social com a escala comercial.
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3. Investindo em um ano de transição
O ano fiscal de 25 destacou a dupla identidade da Experian: uma geradora de caixa madura e uma investidora ambiciosa em tecnologia. As despesas de capital atingiram cerca de US$ 675 milhões, refletindo os projetos de modernização e automação em andamento. A empresa continuou a apresentar forte conversão de caixa, convertendo 97% do EBIT de referência em fluxo de caixa operacional, demonstrando a resiliência subjacente de seu modelo. Enquanto isso, a dívida líquida em relação ao EBITDA permaneceu conservadora em 1,7x, bem dentro da faixa-alvo da empresa de 2,0-2,5x, dando à Experian ampla flexibilidade para recompras e dividendos contínuos.
Apesar da perda de LPA a curto prazo, a estratégia de reinvestimento da Experian parece sustentável. A empresa devolveu mais de US$ 529 milhões aos acionistas por meio de recompras e dividendos, incluindo um aumento de 7% em seu pagamento para o ano inteiro. A administração orientou a continuidade das distribuições aos acionistas, mantendo sua trajetória de investimento em IA, automação e infraestrutura de dados. Por enquanto, a Experian parece confortável em trocar a estabilidade dos lucros de curto prazo por uma alavancagem operacional de longo prazo, uma decisão que, se bem executada, poderá recompensar os investidores pacientes no AF26 e nos anos seguintes.
A conclusão da TIKR
Os resultados da Experian no AF25 destacam uma empresa em movimento, e não em repouso. O crescimento permanece consistente, seu balanço patrimonial é sólido e seu conjunto de produtos é cada vez mais orientado para a nuvem e habilitado para IA. Mas a lucratividade está temporariamente ficando em segundo plano, à medida que a administração dobra a aposta em atualizações de infraestrutura e tecnologia. Os investidores que buscam ganhos rápidos podem achar o ritmo atual desanimador, mas aqueles que se concentram em retornos constantes e compostos podem ver o AF25 como um ano de investimento necessário, em vez de um retrocesso.
De muitas maneiras, a Experian está fazendo exatamente o que um líder de mercado dominante deveria fazer: reinvestir seus fluxos de caixa estáveis na próxima fase de crescimento escalável e automatizado. Com a adoção global do consumidor ainda em alta e a demanda B2B saudável, o quadro de longo prazo permanece intacto. A execução do controle de custos e a eficiência da transição para a nuvem serão os principais pontos de observação no FY26.
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Nos níveis atuais, a Experian é amplamente considerada um bom investimento, com uma perspectiva estável de longo prazo. Seus fundamentos permanecem sólidos, mas com a desaceleração do ritmo do lucro por ação e as margens ainda sob pressão, a alta no curto prazo parece limitada. Os investidores talvez precisem de paciência enquanto a empresa conclui sua fase de modernização e começa a colher os ganhos de eficiência esperados para o AF26 e o AF27.
Dito isso, a qualidade da franquia da Experian, abrangendo ativos de dados globais, análises orientadas por IA e uma plataforma de consumo em expansão, faz dela uma rara combinação de defesa e crescimento. O exercício de 2015 pode não ter oferecido fogos de artifício, mas reforçou a consistência e a disciplina da Experian, qualidades que muitas vezes provam seu valor ao longo do tempo.
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